Os investimentos no setor de Telecom são necessários para a evolução do mercado no Brasil. No ano de 2021, o setor de telecomunicações investiu no segundo trimestre cerca de 9 bilhões de reais, sendo um aumento de 11% em relação ao segundo trimestre de 2020.
Considerando os seis primeiros meses de 2021, os investimentos já somam mais de 16 bilhões de reais, 11% a mais do que no mesmo período de 2020.
Sabemos que a base de 2020 é menor em virtude da pandemia; o período de início da pandemia forçou as empresas a segurar os investimentos.
Porém, com todas as dificuldades, o setor tem apresentado mais força e capacidade de superação. O setor já registrou 1,8% no primeiro trimestre de 2021, e já atingiu 4,5% acumulado no segundo semestre.
Grande parte dos investimentos foram aplicados no processo de expansão de redes e melhoria da qualidade dos serviços do setor.
Investimentos no setor de Telecom
Apesar do aumento dos investimentos, a receita bruta no setor atingiu 62,4 bilhões de reais, com queda de 1,5% em relação ao ano anterior calculado em valores reais.
Comparando com a média dos últimos cinco períodos, a queda registrada foi de 5,1%, o que reflete a retração da TV paga, a queda de clientes em outros serviços e a elevação do uso do serviço móvel de internet em detrimento da telefonia fixa no período de confinamento.
Entre 2020 e 2021, o serviço de banda larga, seja na fixa ou móvel, se tornou em um dos serviços que mais evoluíram no mercado, sendo mais consumidos com crescimento de 9,2% comparando o trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020.
Em 2021, contabilizamos 21,3 milhões de novos acessos, considerando que 2,8 milhões foram registrados na banda larga fixa e 18,5 milhões na móvel.
Empregos
Atualmente, o setor de telecomunicações emprega 540,5 mil trabalhadores, lembrando que a mão de obra no setor Telecom registrou aumento de 7,8%.
A abertura e aplicação de novos investimentos ajudarão a expandir os negócios e, consequentemente, a geração de novas vagas de trabalho.
Mais dados
No decorrer do segundo semestre, o setor de telecomunicações investiu R$ 8,3 bilhões no Brasil, um aumento acima de 10% comparado com o mesmo período de 2020.
Grande parte dos investimentos foram alocados na expansão de redes e melhoria da qualidade dos serviços.
Apesar das dificuldades geradas pela pandemia, os investimentos começaram a ser planejados e consolidados. Alguns dados são provenientes de empresas privadas, pois os relatórios públicos ainda não foram liberados pelos governos.
Os dados referentes ao semestre ainda não foram divulgados de forma consolidada, porém o recuo de 5% nos investimentos tende a ser confirmado.
Em relação à geração de emprego, o setor registrou aumento de 7,8% no final de junho de 2021, mantendo a probabilidade de crescimento para o ano de 2022.
Outras análises
Para que haja novos investimentos a longo prazo, é fundamental que o governo brasileiro apresse a reforma tributária para o setor, e verifique novas normas para facilitar o processo de importação e exportação de equipamentos e serviços para o setor.
Apesar da atual retração verificada em 2021, a tendência é que haja novo processo de recuperação nos investimentos no ciclo de 2022 e 2023.
Conclusão
Portanto, ao considerar investimentos no setor de Telecom, percebemos um processo de recuperação em valores nominais, porém uma retração acumulada nos últimos doze meses.
Por outro lado, considerando somente o ciclo do primeiro trimestre, o investimento é maior desde 2014. no ano de 2014, o investimento acumulado no primeiro trimestre atinge a margem de 7,7 bilhões de reais.
No primeiro trimestre de 2020, o setor havia investido R$ 6,9 bilhões, podendo somar mais de R$ 8 bilhões se não fosse a pandemia.
No atual cenário, o grande desafio é incentivar parceiros e empresas nacionais e internacionais para alocar novos investimentos nos setores telecom.
A grande meta é também compreender o comportamento do cliente brasileiro e as demandas reais do cidadão que necessitará cada vez mais da internet para estudar, trabalhar e distribuir conteúdo.
É importante acompanhar a evolução dos investimentos anualmente e por períodos para verificar a evolução do setor.
FONTE: TELESÍNTESE
Quando falamos na fusão entre ANCINE e ANATEL, devemos ressaltar que o Brasil precisa trabalhar para buscar a modernização do setor das telecomunicações em relação às práticas do mercado internacional.
Atualmente, essa fusão tem causado desgastes entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, no caso da defesa de reformas legislativas para o setor das telecomunicações.
O Senado defende a ideia de concretizar as ideias e sugestões que o nosso país já apresentou junto com outros países para a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), grupo de países mais desenvolvidos do mundo.
Em 2020, segundo relatório entregue pela OCDE, a instituição afirma que o Brasil precisa rever sua política de tributação aplicada no setor de telecomunicação, orientando que faça a fusão de instituições e fundos para modernizar os processos.
Fusão entre Ancine e Anatel
Considerando, por exemplo, a regulação do audiovisual e das telecomunicações, as entidades internacionais orientam que as atividades sejam regulamentadas por um único regulador.
Segundo a presidência do Senado, o nosso país pagou à OCDE para elaborar o relatório, sendo uma tarefa que poderá levar tempo e consumir mais trabalho.
Nesse caso, as reformas tributárias neste nível requerem maior convergência por parte do Congresso. E nesse ponto, a unificação das duas entidades facilitará o processo.
Críticas ao governo
O presidente do Senado tem exigido mais união por parte dos brasileiros, seja nas questões políticas e institucionais, e criticou a polarização fomentada pelo presidente.
Segundo ele, é primordial ao Brasil manter a união dos Poderes da República para enfrentamento de inimigos comuns, e esses inimigos são a pobreza, a miséria, a fome, o desemprego, o déficit de inclusão digital.
Outro fato importante é a questão da responsabilidade fiscal a ser aplicada pelo governo federal, apesar do Congresso ser responsável pelo orçamento federal.
No tocante às telecomunicações, o Brasil precisa se preocupar em gerar mais acessibilidade digital, com responsabilidade fiscal.
Outros fatos
A OCDE orienta a criação de uma agência reguladora unificada, porém esse projeto ainda não foi levado à sério pelo atual governo brasileiro. Até então, o projeto de criação da ANACOM (Agência Nacional de Comunicações) apresentado pelo Ministério das Comunicações apenas cuida da incorporação das funções regulatórias relativas à privatização dos Correios.
Essa informação foi dada pelo próprio governo durante evento que tratou a respeito de práticas regulatórias de telecomunicações.
O grande objetivo seria o de aprimorar os diálogos dentro e fora do governo, visando ampliar os ambientes de investimentos no setor das telecomunicações.
O atual projeto do Governo Federal concentra-se somente em relação aos Correios e liberação dos serviços postais. O projeto, no entanto, não cuida das recomendações especificamente realizadas pela OCDE, e não abrange o mercado audiovisual.
Ambiente político
É importante que o Governo Federal tenha a intenção de considerar a sério as recomendações apresentadas pela OCDE, se o Brasil deseja se tornar membro da OCDE é importante adequar as nossas instituições e instrumentos públicos conforme as orientações do grupo das economias mais ricas.
É importante que a presidência e o congresso nacional do Brasil se unam para melhorar a acessibilidade à internet e a outros serviços que possam melhorar o acesso à educação e ao trabalho.
A nova entidade
A nova entidade que seria resultado da fusão iria combinar ações do audiovisual, das telecomunicações e de outros setores ligados à internet.
Para a Anatel, as novas recomendações ajudarão a criar caminhos de aperfeiçoamento sobre os serviços independentes, dados de origem transversal e convergente.
Os serviços a serem alterados interessam à Anatel e sobre as recomendações para diversos assuntos futuros.
Conclusão
Portanto, o Brasil ainda carece de novos projetos e de planos de ação que tenham visão factíveis, intersetoriais e interministeriais para apressar o processo de planejamento de uma nova instituição.
Podemos afirmar que as recomendações da OCDE visam tornar os serviços de audiovisual, principalmente, o de streaming mais acessíveis. Dessa forma, o Brasil deve a médio prazo encontrar novas formas de tratar seus processos de redes e de radiodifusão.
Cabe ao Brasil modernizar suas normas e aplicar esforço político para unificar nossas instituições públicas para o setor de telecomunicação.
FONTE: TELESÍNTESE
A MP 1040 foi vetada, e esse fato significa uma importante vitória para os Técnicos em Eletrônica que receberam o apoio do Conselho Federal dos Técnicos Industriais e de parte dos parlamentares de Brasília.
No mês de agosto de 2021, a presidência da República vetou o artigo 37 do Projeto de Conversão 15/2021 que se referia à Medida Provisória 1040, caso passasse o artigo, ficaria dispensada a emissão de Termo de Responsabilidade Técnica em processos referentes de instalações elétricas de até 140 KVA.
O veto a esse artigo na medida provisória foi fruto de luta por parte da categoria que trabalha nesse setor para mobilizar as ações do Governo Federal.
A MP 1040
Caso o artigo 37 passasse com a aprovação da medida provisória, não haveria mais a exigência de autorização técnica para instalações elétricas de até 140 KVA.
E sem essa exigência, não seria mais necessário o emprego da mão de obra e da atuação dos Técnicos em Eletrotécnica. Considerando essas condições em lei, além de prejudicar a geração de emprego e função para os técnicos, também poderia aumentar os riscos de acidentes fatais em descargas elétricas.
No início do segundo semestre, deputados que apoiaram o veto encaminharam ofício à Secretaria de Governo e Gestão Estratégia (SEGOV) solicitando que a Presidência da República atuasse a favor dos técnicos da área industrial.
O que é a MP 1040?
Segundo informativos oficiais da Câmara, essa MP também dispõe para facilitar a abertura de empresas, facilitação de atuação no comércio exterior, criação de Sistema Integrado de Recuperação de Ativos, cobranças realizadas pelos conselhos profissionais e entre outras atitudes relativas às áreas técnicas para obrigações na área elétrica.
A medida proposta e apresentada neste artigo é de 29 de março de 2021, possui trinta e quatro artigos. No primeiro artigo, indica a facilitação para abertura de empresas, a proteção de acionistas minoritários, a facilitação do comércio exterior, o Sistema Integrado de Recuperação de Ativos.
Também interfere no processo de cobranças de contas aplicadas a conselhos profissionais, a profissão de tradutor e intérprete público, a obtenção de eletricidade.
Competências
As competências podem ser observadas a partir do artigo quarto que visa estabelecer que os órgãos e as entidades públicas que se aplicam no processo de registro e legalização de empresas precisarão manter à disposição dos usuários, gratuitamente, acessos às informações e demais orientações a respeito sobre as etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa de empresários e pessoas jurídicas e licenciamento e autorizações de funcionamento.
E todos esses dados precisam estar disponíveis através de atendimento presencial ou via internet.
Alterações
Dentre outras alterações, o artigo sexto foi alterado para prescrever que sem prejuízo do disposto no inciso I do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 2019, nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado médio, o documento do alvará de funcionamento e as licenças serão emitidos automaticamente, sem análise prévia do poder público.
Na prática, o alvará de funcionamento será emitido com a assinatura de termo de ciência e responsabilidade do empresário, sócio ou responsável legal pela sociedade.
Considerando também que a instituição privada deverá obedecer a todos os requisitos exigidos para o funcionamento e o exercício das atividades econômicas perante as normas de segurança sanitária, ambiental e de prevenção contra incêndio.
O segundo artigo determina o conhecimento e o termo de ciência de responsabilidade que devem constar nas documentações sobre as exigências que deverão ser cumpridas antes da abertura da empresa.
Conclusão
Portanto, a alteração nesta MP conserva a atuação dos técnicos e mantém a segurança em relação aos sistemas elétricos mantendo toda a segurança planejada e previsível.
Considerando as demais questões da medida provisória, a lei busca também facilitar a organização de empresas e outros trâmites burocráticos.
O veto é muito importante para a segurança e para os profissionais do setor, e mantém o Brasil entre as nações do mundo mais comprometidas com esse patamar de segurança nos processos de instalação elétrica.
O veto se deve aos esforços dos profissionais do setor, dos parlamentares e da conscientização por parte da Presidência da República.
FONTE: CFT
O Summit Internacional teve seu início dia 17 e as inscrições foram feitas no site do Sebrae. Esse evento ocorreu de forma totalmente online e gratuito, e teve como foco o perfil e as exigências compatíveis de startup exigidos no mundo.
Especialistas dessa área tanto do Brasil quanto de Portugal estavam reunidos nesse evento debatendo e trocando experiências com os empreendedores nacionais e locais quanto a essa questão.
Segundo o Gerente da Unidade de Negócios, Inovação e Tecnologia do Sebrae do Rio Grande do Norte, David Gois, diferentes cases foram trazidos de diferentes países para o evento. Esse tipo de interação facilita a inovação. O participante do Summit Internacional passa a ter condições de verificar aquilo que melhor se encaixa na sua realidade.
De acordo com Góis, isso vai permitir que o participante consiga aplicar a inovação tanto no mercado local quanto no mundial. O gerente ainda explica que o evento teve a participação de empresas de vários segmentos como as que tem base tecnológica, startups, empresas tradicionais do comércio, varejo e indústria.
Importância do Summit Internacional
A qualquer momento e em qualquer lugar pode surgir uma ideia genial para um negócio. Algo que seja capaz de gerar solução para algum problema que a sociedade apresenta. Empresas inovadoras surgem a todo momento em todo lugar, principalmente no Nordeste do país.
Muitas possuem condições para ampliar sua escala de atuação e até alcançar o mercado internacional. Mas para isso é preciso ter meios e requisitos necessários para que essa estratégia seja bem sucedida. Os riscos devem estar bem previstos também.
Entretanto, esses pontos é o que faz com que boa parte dos empreendedores da inovação não incluam o mercado internacional em seu plano de negócio. O Summit Internacional realizado no período de 17 a 20 de agosto teve como ponto focal das discussões justamente esses quesitos.
Góis afirma que o que realmente importa é que os empreendedores da inovação tenham a chance de absorver esses direcionamentos através dos casos de sucesso. Assim eles poderão adaptá-los à sua realidade.
Por esse motivo a heterogeneidade é de fundamental importância para o evento, pois o torna mais rico o que facilita a inovação, execução da inovação e identificação.
Variedade do público
Foram quatro dias de evento que reuniu comunidades de startups, donos de empresas da inovação, geeks, empreendedores digitais, instituições integrantes dos ecossistemas de inovação, estudantes, amantes da tecnologia, investidores e gamers.
Nesse período, foram discutidos os principais aspectos dessas empresas quanto à internacionalização. Para isso, foram levados em consideração planejamento, gestão, sustentabilidade, marketing e governança.
O evento foi promovido pelo Sebrae RN e a co-produção se deu pelo FIERN, Instituto Metrópole Digital (IMD-UFRN), Prefeitura do Natal e a Rede Potiguar de Incubadoras e Parques Tecnológicos (Repin).
O Governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) também co-produziu o evento em conjunto com a Câmara do Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Portugal.
Diversificação na programação
O objetivo do Summit Internacional é criar um ambiente virtual para a aprendizagem permitindo que conhecimento e experiências sejam trocadas. Ao mesmo tempo, buscou-se fazer com que o ecossistema de inovação no RN fosse incentivado possuindo como foco o mercado internacional.
Por esse motivo, sua programação foi bem abrangente e envolveu nomes de profissionais no cenário digital brasileiro e experiências de hubs da inovação bem sucedidas tanto no Brasil quanto na Europa. Esta foi uma oportunidade incrível para conseguir entender onde esse segmento caminha em todo o mundo.
O host de todo o encontro foi o palestrante, profissional de marketing e escritor, Rodrigo Geammal. Ele conta com experiência de 14 anos junto a projetos do marketing de projetos para o incentivo das vendas e também projetos que envolvem a área esportiva. Seus principais clientes nessa área são o Atlético e o Palmeiras.
Os painéis foram conduzidos por ele e no primeiro dia o Summit foi dedicado aos gestores das comunidades de inovação. Um painel teve a participação de Mariana Inês Cabral, de Portugal, Valter Pereira do Impact Hub e da Renata Ramalhosa do Seahub-RN.
O segundo dia contou com discussões referentes ao desafio de fomentação do Internacionaliza RN. Este é um programa em que há o comprometimento dos parceiros e dos organizadores do evento.
Seu intuito é fazer com que a quantidade de empresas e de startups tanto do RN quanto do Nordeste seja ampliada e ultrapasse as fronteiras do Brasil. O primeiro painel teve a condução do FIlipe Silveira que apresentou exemplos do Impact Hub e Madan Parque.
O segundo painel do Summit Internacional contou com os desafios jurídicos que a internacionalização apresenta. Houve palestra com Nathália Grizzii e foram voltadas às startups e aos integrantes do ecossistema da inovação em geral.
FONTE: AGÊNCIA SEBRAE
O leilão 5G está mais próximo de acontecer do que muitos pensam. Já faz algum tempo que há especulações sobre isso, mas o fato é que um importante passo foi dado no dia 25 de agosto. Na ocasião, o Tribunal de Contas da União (TCU) teve seu plenário reunido através de sessão telepresencial transmitida ao vivo.
Na sessão, o ministro do TCU e relator do edital do leilão 5G, Raimundo Carneiro, votou que as escolas públicas também fossem incluídas no referido edital. Os outros 7 ministros decidiram acompanhar o voto do relator e isso acabou por confirmar o quadro avaliativo que havia sido formado na semana anterior.
Ministro das Comunicações agradece aos ministros do TCU
Fábio Faria, ministro das Comunicações, fez um agradecimento ao ministro relator e também aos demais ministros do TCU. Segundo ele, todos compreenderam o quão importante é a tecnologia 5G no Brasil e que agora o país conseguirá ampliar seu potencial competitivo em todo o mundo.
O ministro ressaltou que no edital já havia uma previsão para que todas as escolas recebessem essa tecnologia. Segundo o Ministro das Comunicações, a recomendação que o TCU fez será acatada pelo ministério como uma determinação. Ele enfatiza que a política pública será implantada conforme o recomendado.
Definição dos recursos para o leilão 5G nas escolas públicas
Para que as escolas públicas sejam beneficiadas com o leilão 5G, o Tribunal de Contas União fez um ajuste importante quanto a essa iniciativa. A recomendação é que os valores das multas e da outorga sejam utilizados para reforçar esse atendimento.
Também recomendam que os recursos sejam retirados da venda da faixa 26 GHz que não contém metas de compromisso. Os recursos também viriam da faixa do 3,5 GHz caso as operadoras vencedoras dessa faixa não atendam aos compromissos firmados.
De acordo com Faria, isso vai permitir que as escolas que iriam ter acesso através do satélite recebam a tecnologia da fibra óptica. Em compensação, as escolas que já são atendidas por rede terrestre terão a oportunidade de ter mais velocidade de conexão.
Ministério das Comunicações e da Educação devem participar do processo de escolha
De acordo com o texto do relator, que é apoiado pela maioria dos ministros do TCU, o Ministério das Comunicações não deve ser o único a realizar a escolha entre os projetos apresentados. Isso se deve ao fato que as escolas públicas também serão beneficiadas.
Por esse motivo, o Ministério da Educação deve ter participação nesse processo de escolha. Afinal, o objetivo é permitir que as escolas básicas tenham conexão de qualidade e com velocidade suficientes para que as TICs no ensino sejam utilizadas.
Também foi definido o papel que a Anatel deve possuir nesse processo. Assim, a Agência Nacional de Telecomunicações terá como função definir qual o arranjo de governança que será adotado, bem como os prazos para que esses projetos sejam atendidos.
Segundo o ministro, o TCU não deve fazer a definição dessas metas pois não compete a ele tal papel. Entretanto, a conexão referente às escolas públicas consta na lei e sua conclusão deve acontecer em 2024.
O relator no TCU ainda afirmou que decidiu acatar com a reivindicação que a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados havia feito.
Dois ministros do TCU não aceitaram integralmente o texto do relator
Apesar de a maioria dos ministros terem sido favoráveis à proposta apresentada por Carneiro, dois ministros não acompanharam o texto em sua integralidade. Vital do Rêgo e Bruno Dantas defenderam que o termo determinação fosse trocado por recomendação. Apesar disso, o relator decidiu manter a proposta que havia elaborado.
A votação do referido relatório teve início no dia 18 de agosto, mas sua conclusão somente ocorreu no dia 28 de agosto. Esse atraso se deu em razão de ter sido feito um pedido de vista. Tal pedido foi realizado pelo ministro Aroldo Cedraz. Por causa disso, o prazo para que o processo retornasse à pauta chegou a ser proposto.
Esse prazo era de 60 dias e a alegação é que o processo referente ao leilão 5G havia irregularidades. A fim de saber se haveria ou não adiamento, foi realizada uma votação com todos os ministros do TCU. Com isso, a maioria votou contra a proposta de adiamento e sua votação foi concluída no dia 28 de agosto.
FONTE: TELESÍNTESE
Os usuários de internet no Brasil já ultrapassam os 152 milhões segundo estimativa TIC Domicílios 2020 (Edição COVID-19 – Metodologia Adaptada). Esse número corresponde a 81% de nossa população com pelo menos 10 anos.
O Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) foi quem promoveu a pesquisa que foi lançada no dia 18 (quarta-feira) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) que pertence ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Quando comparado com o resultado apresentado em 2019 percebe-se que houve um aumento de 12 pontos percentuais e de 7 pontos percentuais respectivamente.
Foi preciso fazer adaptações na metodologia que foi utilizada nessa edição da pesquisa devido a pandemia causada pelo novo coronavírus. O período de realização das entrevistas foi de outubro de 2020 até maio de 2021 e elas foram feitas preferencialmente por telefone.
Segundo o gerente do Cetic.br|NIC.br, Alexandre Barbosa, houve uma demanda maior da internet durante a pandemia. Isso se deve ao fato de que atividades essenciais foram migradas para o meio digital. Ainda de acordo com Alexandre, os resultados acabam mostrando a resiliência que a rede possui em cenário com crise sanitária.
Aumento na proporção de usuários de internet
Quando feita uma comparação da pesquisa atual com a de 2019 foi detectado que a proporção dos usuários de internet sofreu um aumento. O que chamou a atenção é que esse aumento foi mais significativo entre a população das áreas rurais. Em 2019 a porcentagem dessa população com acesso a rede era de 53% e passou a 70% em 2020.
Entre os habitantes que possuem pelo menos 60 anos a porcentagem saiu de 34% e passou para 50%. A população que possui apenas o Ensino Fundamental com acesso a rede saiu de 60% e passou para 73%. Entre as mulheres o resultado foi para 85% quando era 73% e nas classes DE passou para 67% quando era 57%.
Conforme Barbosa, o ano de 2020 teve um aceleramento no uso da rede entre a população mais vulnerável. Entretanto, apesar da Internet no Brasil apresentar um alcance maior, os indicadores mostram que as desigualdades no acesso ainda continuam. A prevalência de usuários é maior entre aqueles das classes mais altas, jovens e escolarizados.
Domicílios que possuem acesso a internet
Tanto nas áreas urbanas quanto rurais, em todas as regiões e faixas de renda familiar foi observado que a proporção de domicílios que possuem acesso a rede teve um crescimento. Em comparação com 2019 as diferenças são mais significativas entre os domicílios pertencentes às classes C e DE.
No ano de 2019 a porcentagem era, respectivamente, 80% e 50%. Em 2020, as porcentagens dessas mesmas classes correspondem a 91% e 64% respectivamente. Já as diferenças regionais apresentaram um recuo.
A conexão domiciliar em banda larga fixa é a mais utilizada, com 68%. Mas a fibra óptica e o cabo apresentaram um aumento especial quando comparado com a última edição que a TIC Provedores lançou.
A quantidade de computador portátil, desktop ou tablet teve um aumento bem considerável segundo esse estudo. Em 2019, a porcentagem desse tipo de aparelho era de 39% e passou a ser 45% em 2020. Esse resultado reverteu a tendência do declínio desses aparelhos que estava sendo desenhado nos últimos anos.
Mais TV que computadores
Pela primeira vez a proporção do acesso à internet através da TV ultrapassou o computador. Segundo os resultados dessa pesquisa, 44% dos usuários brasileiros utilizam esse aparelho eletrônico para ter acesso a rede. Houve um aumento de 7 pontos percentuais para cima em relação ao que foi registrado em 2019.
Segundo Alexandre Barbosa, os usuários entre 16 e 24 anos (54%) e os pretos (48%) tiveram as maiores diferenças no uso da internet através da TV quando comparados com 2019.
Atividades online
As atividades online tiveram um aumento em 2020 em relação a 2019. Entretanto, as desigualdades quanto ao aproveitamento das oportunidades oferecidas online continuam persistindo.
Por exemplo, os usuários pertencentes a Classe C estudaram mais e realizaram mais cursos a distância em 2020, mas essa proporção é inferior aos da Classe A. De acordo com o levantamento 42% dos usuários procuraram serviços públicos online no ano de 2020 enquanto que 37% realizaram esse tipo de serviço.
A concentração dessas atividades é maior entre os moradores das áreas urbanas pertencentes às classes A e B e com mais escolaridade. As transações financeiras também obtiveram um aumento no ambiente digital, deixando de ser 33% em 2019 e passando a 43% em 2020. Esse aumento é mais expressivo nas classes C e DE.
Metodologia
A pesquisa foi realizada em 5.590 domicílios através do telefone e coleta face-a-face. Por causa da pandemia, os entrevistadores ficaram restritos ao deslocamento.
Seu resultado está alinhado com as pesquisas anteriores, mas é preciso ter cautela quanto às comparações, pois as margens de erro dessa edição são maiores.
FONTE: TELESÍNTESE