O número de brasileiros que desejam ter o seu próprio negócio aumentou bastante nos últimos anos. Segundo dados pesquisados sobre empreendedorismo em todo o planeta, a taxa de empreendedorismo no Brasil, em base potencial, registrou crescimento de 75%.
No ano de 2019, o percentual era de 30%, e em 2020, de 53%. Esses dados compõem os documentos e pesquisas do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) que conta com a colaboração do Sebrae e do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade).
O percentual registrado neste ano representa 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendem, mas sonham em abrir o seu próprio negócio nos próximos três anos.
Crescimento do número de brasileiros que desejam ter seu próprio negócio
O aumento do percentual de pessoas interessadas em abrir o seu próprio empreendimento ou empresa tem sido também motivado pelo atual momento da pandemia.
Com o crescimento da home office, do acesso às novas tecnologias e ferramentas remotas de trabalho, e por causa do desemprego, as pessoas consideram a possibilidade de ter o seu próprio negócio presencial e online para gerar receita e renda fixa.
Considerando o histórico das pesquisas realizadas pela GEM, aumentou também a localização da importância de se ter uma empresa própria, atualmente ter o próprio negócio está em segundo lugar na lista dos sonhos mais importantes na vida do brasileiro.
Divulgação dos números
A divulgação dos números surpreendeu estudiosos do empreendedorismo no Brasil e entidades ligadas ao setor. Segundo o Sebrae, o aumento do percentual de interesse denota o espírito do brasileiro que possui DNA empreendedor, postura de liberdade, criatividade e independência.
Atualmente, o Sebrae atua com pequenos e grandes empreendedores para o compartilhamento de conhecimentos, orientação certa e aplicação de metodologias para que os empreendimentos deem certo e possam gerar retorno ao esforço aplicado.
Os dados da GEM 2020 mostraram também crescimento no processo de formalização, que registrou aumento de 69% entre os anos de 2019 e 2020. Essa formalização se refere ao registro de CNPJ, principalmente, como MEI (Microempreendedor Individual).
Considerando o total de empreendedores com CNPJ, o número saltou de 26% para 44%, sendo o maior crescimento nos últimos quatro anos. Para se ter uma ideia, no ano de 2017, 15% dos empreendedores haviam sido formalizados, e no ano de 2018, 23%.
Os Benefícios
O Sebrae considera como positivo o aumento de pessoas que avaliam abrir os seus próprios negócios e o aumento de pessoas jurídicas com registro de CNPJ no Brasil.
Segundo a entidade, a formalização gera importantes benefícios como o acesso ao crédito, geração de emprego e renda. Além do perfil do MEI, a abertura de micro e pequenas empresas ajuda a elevar a geração de empregos no país, principalmente, no setor de serviços.
Esse aumento no percentual reforça a retomada do país no cenário econômico em plena pandemia e no próximo período pós-pandemia.
Economia do país
O Brasil precisa facilitar projetos de implementação econômica e política que de fato facilitem o empreendedorismo no Brasil. Em nosso país, o crescimento econômico e a geração de empresas também dependem de pequenos empreendedores e de empresas regionais.
Devemos lembrar que boa parte das empresas já estabelecidas em nosso país também começaram pequenas ou a partir da mente empreendedora de seus fundadores.
O Sebrae e outras instituições ligadas ao empreendedorismo compartilham a crença que o avanço da vacinação e o controle da pandemia no Brasil ajudará a recuperar setores da economia prejudicados como o de serviços e de produtos de alto envolvimento.
Por outro lado, o ritmo da retomada poderá ser atrapalhado por causa da inflação crescente que tem afetado os custos de produção das empresas e a sobrevivência doméstica do cidadão brasileiro.
Conclusão
Considerando a vontade de abrir o seu próprio negócio, torna-se necessária a oferta de cursos de orientação, acesso a processos de formalização e oferta de microcrédito para pequenos e médios empreendedores.
A simplificação de pagamento de tributos e ampliação de acesso ao crédito tende a ajudar novos empreendedores a instituírem e formalizarem suas empresas a curto e médio prazo.
É importante que haja educação, orientação e mercado pleno para o amadurecimento de novos negócios e crescimento de novas empresas.
FONTE: AGENCIA SEBRAE
A Ancine (Agência Nacional do Cinema) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) firmaram no mês de setembro de 2021, acordo para compartilhamento de áreas da sede da Anatel em Brasília.
A Ancine possui sede oficial no Rio de Janeiro, e o acordo foi firmado por meio de Termo de Compartilhamento, pelo período de 60 meses para que a entidade utilize andar na sede da Anatel para cessão de uso não onerosa.
O documento foi assinado em uma solenidade que contou com a presença dos representantes das duas instituições e dos representantes da secretaria de Cultura.
Benefícios para a Ancine
Para a presidência da Anatel, o acordo ajudará a criar um modelo de gestão pública no fator presencial, dando mais atenção à economia, eficiência e otimização de recursos para que a entidade do audiovisual brasileiro tenha uma sucursal pública em Brasília sem a necessidade de locação de salas ou espaços operacionais.
Também permite maior proximidade entre as duas entidades, e começa a amadurecer a ideia de fusão entre as duas instituições. Para a entidade do audiovisual o uso do espaço cedido pela Anatel ajudará bastante para a evolução das atividades.
Para ambas, a união e compartilhamento de espaços eleva a responsabilidade sobre o patrimônio público, gerando maior transparência e mais eficiência.
Na prática, esse compartilhamento enxuga gastos, otimiza processos e abre caminhos para que o audiovisual tenha espaço cativo na capital do Brasil.
Fusão Anatel e Ancine
A partir de 2019, quando o Brasil começou a expressar o desejo de ingressar na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), grupo que reúne os países mais desenvolvidos, a própria OCDE apresentou orientações para a organização interna de nosso país.
A OCDE afirma que o Brasil deve reunir instituições e rever políticas de tributação no setor de telecomunicações, podendo ainda unificar fundos ou até mesmo eliminá-los futuramente.
Em muitas situações, a Mcom, Anatel e Ancine possuem atividades similares que podem ser complementares ou concorrentes no tocante à regulação do audiovisual. Isso exigiria fundir as duas principais instituições e manter o segmento regulado por uma única instituição.
Segundo o Senado Federal, o Brasil pagou à OCDE para elaborar o relatório com as atribuições e orientações para o acesso ao nosso país ao grupo, e todos os aspectos levantados precisam ser levados à sério.
É importante que o Brasil implemente as reformas necessárias nas áreas tributárias e institucionais, buscando redução de custos e otimização de recursos.
A fusão das duas instituições poderá ajudar a simplificar os processos de adaptação e implementação de novas iniciativas no setor das telecomunicações e conteúdo.
Nesse aspecto, o Senado Federal e grande parte do Congresso cobra maior união por parte dos brasileiros e das entidades representativas para aplicar as soluções favoráveis à modernização de nosso país.
Todas as decisões também dependem de maior responsabilidade fiscal por parte das ações do Governo Federal, mesmo que o Congresso seja o maior responsável por aprovar ou não o orçamento federal.
O Governo
O atual Governo Federal desde 2019 tem apresentado interesse em unificar a Ancine e a Anatel, lembrando que o presidente Bolsonaro não aparenta estar ligando muito para a instituição do audiovisual.
No quesito econômico, para o governo, entre as instituições, a Ancine ocupa o quinto lugar de importância. A entidade chegou a ser ameaçada de ser eliminada.
O espaço
O espaço cedido pela Anatel está localizado no próprio complexo do edifício sede da Anatel, o complexo é composto por quatro edifícios projetados por Oscar Niemeyer nos anos 1970.
A concessão não é onerosa, não cobra aluguéis, mas os custos de manutenção do espaço cedido deverão ser mantido e pago pelas verbas da Ancine.
Conclusão
É fundamental que as funções exercidas pelas duas instituições sejam mantidas, mesmo que ambas formem, no futuro, uma única instituição. A iniciativa de compartilhar instalações físicas e sedes abre caminho para uma fusão mais orientada e inteligente, buscando valorizar recursos e modernizar o processo gestor em nosso país.
Cabe ao Brasil dialogar com todas as partes e observar a união das duas entidades em seus trabalhos diários e elaboração de novos projetos.
FONTE: ANATEL
A infraestrutura de fibra óptica tem avançado cada vez mais no Brasil. Segundo o Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a atualização da lista de localidades inclui mais cidades para serem atendidas no processo de instalação e expansão de fibra óptica.
Esse avanço faz parte dos esforços do Plano Geral de Metas da Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado e de outros projetos da Anatel.
Considerando os novos documentos aprovados pela instituição, as cidades presentes na lista excluíram regiões que já são atendidas e que estavam em listas anteriores do projeto.
Considerando o conteúdo da decisão do Executivo Federal publicado no Decreto nº 10.821, permitindo a atualização do cronograma de metas da obrigação de backhaul, a atual meta é concluir os projetos até o mês de dezembro de 2022.
Infraestrutura de Fibra Óptica no Brasil
Esse tipo de avanço possibilita consolidar o crescimento da comunicação e da internet em todo o Brasil. O novo documento apresentado pela Anatel estabelece novas metas e regiões a serem atendidas, delimitando a distribuição por região e municípios.
Na prática, as empresas concessionárias devem construir cerca de 50 mil quilômetros de fibra óptica para permitir a conexão de 2.500 municípios e regiões.
Depois do processo de instalação, cada cidade contará com redes de alta qualidade, proporcionando conexões residenciais mais velozes, permitindo também a instalação de antenas de internet 4G e 5G.
Dados de 2021
Considerando o total de mais de 20 milhões de contratos de fibra óptica já fechados até o ano de 2021, mais de 7 milhões de contratos estavam nas mãos de operadoras de grande porte, que no decorrer do ano já adicionaram mais de 1 milhão de novos contratos.
As PPPs (Prestadoras de Pequeno Porte) somam juntas 2,528 milhões de acessos ou 2,211 milhões de novos contratos desde o início de 2021. Nos cinco primeiros meses de 2021, a empresa Oi lidera o ranking com 3,033 milhões de contratos em fibra óptica.
Consolidado
Abrangendo todas as tecnologias de comunicação, a Anatel recebeu o registro de mais de 37 milhões de contratos, sendo que o atual montante é 1,1% menor do que os contratos fechados nos trimestres anteriores.
Os conflitos de número geral de contratos ocorrem por causa das subnotificações, principalmente entre os provedores regionais. No mês de maio de 2021, a Anatel recebeu registros de mais de 15 milhões de acessos.
No mês de maio de 2021, a empresa Claro conclui o mês com quase 10 milhões de contratos, registrando queda de 0.1% em comparação com o mês de abril. Porém, entre 2020 e 2021, a empresa evoluiu 0,7%.
A empresa Vivo também registrou queda de 0,1% em maio, quando consolidou mais de 6,3 milhões de contratos.
A infraestrutura de fibra óptica no Brasil tem avançado e já atingiu 91% dos provedores de acesso à internet em nosso país. Os dados são da TIC Provedores e do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil).
Na pesquisa realizada no ano de 2017, o levantamento havia indicado que 78% dos provedores de internet já ofereciam serviços de acesso usando fibra óptica.
Conclusão
Entre os anos 2017 e 2020, outros acessos e tecnologias de comunicação perderam espaço nas empresas e no dia a dia das pessoas que passaram a buscar melhor conectividade.
Os provedores de pequeno e grande porte também estão procurando oferecer mais velocidade e novos métodos de conexão para seus clientes. Considerando os três anos estudados, a internet via cabo caiu de 51% para 46%. O uso da internet via rádio com frequência livre caiu de 84% para 73%, enquanto que o acesso da internet via rádio com frequência licenciada, registrou queda de 44% para 26%.
Por outro lado, a pandemia do coronavírus acelerou bastante o uso da fibra óptica, principalmente, pelo crescimento do acesso a vídeos e várias formas de interação, entre elas a home office.
A demanda de mercado e o investimento em novas tecnologias são os principais fatores para a expansão da fibra óptica em todo o Brasil, considerando não somente as principais capitais, mas também as cidades do interior do país.
O aumento do número de provedores também justifica a alta demanda e o intenso investimento em nova infraestrutura.
FONTE: ANATEL