Quando falamos na internet nas escolas públicas, o Brasil apresenta cerca de 30 mil escolas do sistema público sem conexão, considerando ainda que 140 mil escolas mesmo tendo conexão não possuem equipamentos adequados ou com acesso a uma velocidade melhor de conexão.

No total, somente 14% das escolas apresentam acesso à internet com velocidade e infraestrutura adequada para a aplicação à educação, recursos pedagógicos e para o processo de transformação digital da educação pública no país.
O estudo com esses dados é oriundo dos esforços da MegaEdu e do painel Edtechs.
A internet nas escolas
Considerando as soluções tecnológicas sustentáveis, é importante pensar em políticas e soluções adequadas para resolver diversos problemas. É importante fazer um levantamento da atividade econômica e social de cada município do Brasil para repensar a oferta de internet de qualidade para as escolas.
Todos os projetos de cunho governamental e social deverão calcular rotas, custos e velocidade da conectividade visando estimular a participação de empresas de telecomunicações nesse pleno esforço.
Mesmo contando com o apoio das empresas privadas, contar com os recursos públicos será também fundamental, lembrando que uma em cada cinco escolas estão fora de região com oferta de banda larga fixa, somente 6% das escolas conectadas possuem computadores suficientes capacitados para atender os alunos e professores.
Atualmente, o MegaEdu atua com seis secretarias estaduais de educação que abrangem oito mil escolas públicas. Essa instituição tem ajudado bastante na criação de planos de conectividade tendo como base a demanda dos colégios.
Importância da conexão nas escolas
O ISPS (Instituto Escola Conectada) já oferece acesso com 100 Mbps para mais de 250 escolas públicas sem exigência de contrapartida, contando com parceria com provedores regionais contando com apoio das empresas Sumicity, Um Telecom, Wirelink, Tely, Ligue, Telium, Telecall, NetCintra e SOW.
Trata-se de uma iniciativa que resulta do esforço de empreendedores preocupados em ajudar no Brasil.
Atualmente, os ISPs apresentam importante malha de fibra óptica, porém ainda há locais onde não há rede instalada de internet, sendo importante que o os governos se preocupassem em avançar em novos projetos de cunho governamental e incentivar os empreendedores privados a investir em redes de 50 a 100 km.
Devemos lembrar que o programa do Instituto Escola Conectada visa atender mais de 100 mil alunos em 2022, e cerca de 500 mil alunos em 2023.
A conectividade
Ao abordarmos sobre a internet nas escolas públicas brasileiras, a conectividade nas escolas públicas deve ser avaliada com uma perspectiva diferenciada, visando a oferta de mais tecnologia e conhecimento para o aluno brasileiro.
A oferta e criação de conteúdo ajuda na formação do aluno para a sociedade e para o mercado, sendo a conexão um dos pilares entre o mercado e as escolas públicas.
A pandemia, por exemplo, apresentou que a forma de comunicar mudou bastante exigindo o pleno acesso às lives, redes sociais e ao desenvolvimento do empreendedorismo digital.
Dessa forma, no tocante às escolas é importante aprendermos a desconstruir comportamentos antigos e construir novos sempre nos dedicando à produtividade e ao acesso a novos conteúdos.
Outros dados

Segundo dados do DataFolha em uma pesquisa encomendada pela Fundação Lemann, entre 1.005 professores de escolas públicas entrevistados em todas as regiões do Brasil, ficou mais claro compreender a distribuição da internet nas escolas da seguinte forma:
A região Nordeste registrou o maior índice de escolas sem acesso à internet de alta velocidade, com 35% das unidades da rede pública não tendo conexão. Sendo seguida pelas regiões Sudeste (32%), Centro-Oeste (24%), Norte (23%) e Sul (14%).
Mesmo em relação à região sul, que conta com a maior taxa de acesso nas escolas, ainda há situações de conexão inadequada.
Conclusão
Portanto, ao abordarmos sobre a internet nas escolas públicas, considerando o período de pandemia e de pós pandemia, o nosso país sentiu grande necessidade de investir pesado em internet de grande velocidade para os estudantes das escolas públicas, como forma de elevar o acesso e manter o aluno conectado ao aprendizado digital.