Quando falamos sobre a ciência na reindustrialização, devemos ter plena atenção ao desenvolvimento do conhecimento, da inovação e de novas tecnologias a serem implementadas em diferentes processos produtivos de um setor ou de um país.
A Ministra Luciana Santos defende a inovação como forma de progresso do país. Imagem: Redes Sociais.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu recentemente o papel fundamental que a ciência e tecnologia devem desempenhar no processo de reindustrialização e transformação econômica do Brasil.
A ciência na reindustrialização
Em evento com empresários, a ministra enfatizou que o país precisa superar o modelo primário-exportador e avançar para uma economia baseada em manufatura e inovação. Para isso, o elemento central é investir em ciência e desenvolvimento tecnológico.
De acordo com Luciana Santos, o Brasil tem potencial para retomar a industrialização e se tornar competitivo em setores de alto valor agregado. Mas esse salto depende diretamente de pesquisa e conhecimento científico para agregar tecnologia e inovação à produção.
A ministra citou países como Coreia do Sul e China que fizeram essa transição de modelo econômico nas últimas décadas por meio de maciços investimentos em P&D e estreita colaboração entre ICTs, empresas e governo. O Brasil precisa trilhar um caminho similar.
A ministra Luciana defende maior cooperação entre as universidades e institutos de pesquisa com o setor produtivo, permitindo transferência de tecnologia. Também enfatizou a importância de apoiar startups e empreendedores inovadores, bem como fortalecer e expandir os institutos tecnológicos.
Outro ponto destacado pela ministra foi a necessidade de formar recursos humanos altamente qualificados, com habilidades técnicas e científicas de ponta. Isso envolve desde a base na educação básica até pós-graduação, além de treinamento vocacional e maior intercâmbio internacional.
Ativos do país
O Brasil possui importantes ativos, como centros de pesquisa avançados e mão de obra criativa, que podem ser potencializados. Porém, Luciana Santos ressaltou que é preciso expandir os investimentos em ciência e tecnologia de 1,2% para 2% do PIB nesta década.
Concluiu que o ministério está comprometido em aumentar os recursos e melhorar a gestão para ciência, pesquisa e inovação. Segundo a ministra, a reindustrialização só será possível se vier acompanhada de tecnologia e isso exige investir fortemente em conhecimento científico no Brasil.
A importância da Lei do Bem
A Lei do Bem é um importante marco regulatório que tem impulsionado os investimentos privados em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil nas últimas duas décadas. Sancionada em 2005, essa legislação oferece incentivos fiscais para empresas que invistam em atividades de P&D no país.
Para a Ministra Luciana Santos, a Lei do Bem tem um papel vital para fomentar a inovação no Brasil. Imagem: Redes Sociais.
Pelos números apresentados pela ministra Luciana Santos, a Lei do Bem tem cumprido seu papel de fomentar a inovação no setor produtivo. Em 2021, a legislação teria alavancado cerca de R$ 27 bilhões em investimentos privados em P&D. Isso demonstra o quanto os incentivos fiscais são eficazes para estimular maior aplicação em inovação pelas empresas.
Além disso, segundo a ministra, esse valor recorde investido teria potencial para crescer ainda mais, possivelmente em 37% em 2022. Isso representaria o maior incremento desde a criação da Lei do Bem, mostrando que o instrumento segue uma trajetória positiva e virtuosa.
Portanto, a Lei do Bem é um exemplo de política pública acertada e exitosa para incentivar a inovação pelo setor privado no Brasil. Ao oferecer reduções de impostos para empresas que investem em P&D, a legislação tem sido decisiva para aumentar o volume de recursos aplicados pelo setor produtivo em ciência e tecnologia no país.
É um modelo a ser mantido e aprimorado para alavancar ainda mais a inovação pelas empresas, gerando avanços econômicos e tecnológicos.
Conclusão
Portanto, a reindustrialização no Brasil merece atenção a diferentes passos e projetos para o desenvolvimento do país considerando a ciência da reindustrialização.
O Brasil não pode permanecer como um mero exportador de matérias-primas ou de commodities, mas sobretudo entrar em novos mercados que exigem planejamento para a quarta e quinta onda da industrialização dos atuais períodos de desenvolvimento tecnológico no mundo.