A defesa do ensino técnico retorna às principais mesas de debate do Ministério da Educação. E estamos falando de uma importante área de educação profissional e processo de valorização dessa categoria.
Em reunião realizada pelo MEC no dia 8 de março, em Brasília, esse nível de ensino e de formação profissional foi debatida com a presença de outras entidades como a Setec (Secretaria Nacional de Educação Profissional e Tecnológica) e representantes da CFT/CRTs.
A reunião contou com membros importantes dessas instituições como o secretário nacional de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), professor Getúlio Marques Ferreira e do presidente do Conselho federal dos Técnicos Industriais, Solomar Rockemback, acompanhado dos diretores Valdivino Alves de Carvalho (Administrativo) e Bernardino José Gomes (Fiscalização e Normas). Marcelo Martins Guimarães (presidente do CRT-01) e Waldir Aparecido Rosa (presidente do CRT-04).
O ensino técnico
O debate a respeito do ensino técnico no Brasil é de grande importância para o processo de desenvolvimento de melhores profissionais para diferentes setores e para o desenvolvimento econômico do país.
Na reunião, o presidente do CFT apresentou o novo plano de autarquia ao titular da pasta governamental responsável por formular, planejar, coordenar, implementar, monitorar e avaliar novas políticas públicas para o setor, tendo como objetivo a renovação de metas para a gestão 2022 e 2026.
Na reunião, ficou destacada que a criação e renovação do ensino técnico com maior nível de qualidade é uma meta necessária para aprimorar o processo de formação de novos profissionais com plenas habilidades para atender o mercado.
Ficou acertada a criação de um novo estudo para o setor com o apoio do Observatório Nacional da Indústria, cujo esforço ajudará a identificar a necessidade do Brasil na missão de qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025.
As entidades presentes no encontro gerido pelo MEC reafirmaram todos os esforços para que a categoria técnica no setor industrial esteja de fato presente no processo de desenvolvimento socioeconômico do país.
Atualmente, as metas do CFT devem ser mantidas de modo alinhado com as políticas públicas de apoio ao ensino técnico, e todo o alinhamento das ações e de medidas entre diferentes conselhos de classe precisam incentivar o planejamento e a implantação de novas ações para o setor.
O MEC e o ensino técnico
Devemos lembrar que o MEC (Ministério da Educação) é o principal órgão que atua na administração educacional do Brasil de forma direta e com consciência em relação a diferentes áreas de competência, atuando diretamente para desenvolvimento e implementação de política nacional de educação, da educação infantil, a educação em geral, atuando também para o ensino fundamental, ensino médio, ensino superior e para o EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Desafios
Em relação ao ensino técnico em nosso país, ainda temos muitos desafios, a considerar que o percentual de estudantes matriculados na educação profissional e técnica representa somente 8% do total de estudantes atualmente.
Os dados são oficiais e comparam com o percentual de outros países e regiões do planeta. Na União Europeia, esse percentual é de 46% e de 40% nos países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O objetivo atual do Brasil é o de triplicar a taxa de matrículas até o ano de 2024.
Conclusão
O encontro capitaneado pelo MEC recentemente com a presença de diferentes entidades da educação e do setor industrial é de grande valia para o desenvolvimento da educação no Brasil.
Sabemos que o ensino técnico ajuda a promover a criação de círculo virtuoso dedicado para a educação de forma continuada.
Esse nível educacional de formação profissional ajuda também a abrir novas portas de atuação profissional para jovens de diferentes classes sociais, visando ainda acelerar o aprimoramento da carreira.
Por outro lado, ao contar com mais mão de obra qualificada, o mercado tende a se desenvolver melhor com a presença de estudantes e de trabalhadores que conseguem desenvolver novas habilidades e dominar conhecimentos técnicos dedicados para diferentes setores da economia.