Quando falamos em marketing para fidelizar, no universo do marketing, a máxima de Seth Godin ecoa fortemente: “Não encontre clientes para os seus produtos. Encontre produtos para os seus clientes”. Essa visão, que ressalta a importância de compreender e atender às necessidades dos clientes, tem moldado as estratégias de marketing na Era do Cliente, impulsionadas pelo avanço da tecnologia.
O uso de ferramentas digitais, como o e-mail marketing direcionado e a captação de leads, tem potencializado táticas tradicionais, como a panfletagem, transformando-as em instrumentos mais eficazes de divulgação.
Em sintonia com essa abordagem, o coordenador de Mercados e Transformação Digital do Sebrae, Ivan Tonet, destaca a necessidade de considerar cada cliente como único, independentemente do canal de acesso ao negócio.
O novo marketing para fidelizar
A tecnologia, quando aliada ao relacionamento com o cliente, pode ser um diferencial competitivo, facilitando tanto a gestão do negócio quanto a experiência do cliente. Tonet ressalta ainda a importância de uma abordagem integrada, garantindo consistência entre os canais físicos e virtuais de venda.
Um exemplo inspirador dessa abordagem é a Inspiradora Home, em Campos dos Goytacazes (RJ), que desde sua concepção prioriza a experiência do cliente.
O poder dos vídeos
A empreendedora Elaine Emerick, ao perceber a demanda dos clientes por produtos de ambientação de eventos, adaptou seu negócio e investiu em estratégias de marketing digital, como transmissões ao vivo e criação de conteúdo no YouTube.
Além disso, ela criou um “clube de louça”, um grupo de compras coletivas para clientes fiéis, demonstrando uma preocupação genuína em encantar seus consumidores.
O Marketing de Influência
Para fortalecer ainda mais essa relação com o cliente, é essencial adotar estratégias de fidelização. Realizar pesquisas para entender suas necessidades, solicitar feedback regularmente, criar programas de fidelidade com recompensas atrativas e explorar o marketing de influência são algumas das práticas recomendadas.
O objetivo, no marketing para fidelizar, é criar um ambiente de proximidade e confiança, onde o cliente se sinta valorizado e engajado, resultando em uma relação duradoura e mutuamente benéfica.
Como fidelizar positivamente os seus clientes
Essa iniciativa se destaca como um mimo especial, reforçando o compromisso da empresa em proporcionar experiências diferenciadas aos seus consumidores.
Segue abaixo algumas sugestões e diretrizes para fortalecer suas estratégias de marketing centradas no cliente:
1 – Realize pesquisas para compreender as necessidades dos seus clientes.
2 – Solicite feedback regularmente através de pesquisas de satisfação e avaliações, inclusive online. Demonstre que valoriza a opinião dos clientes implementando melhorias com base nos comentários recebidos. Isso não apenas ajuda a identificar áreas de melhoria, mas também gera ideias para novos produtos ou serviços.
3 – Estabeleça grupos de fidelidade com recompensas atrativas para os clientes. Incentive-os a realizar compras com maior frequência, utilizando tecnologias digitais, como aplicativos de fidelidade, cartões virtuais e grupos exclusivos em aplicativos de mensagens. Esses recursos são muito eficazes para valorizar a experiência do cliente.
4 – Avalie a possibilidade de usar influenciadores digitais para se comunicar com o seu público-alvo. O marketing de influência tem se tornado cada vez mais relevante nas estratégias de marketing das empresas.
Estudos indicam que os influenciadores digitais são apenas superados por amigos e familiares na influência sobre as decisões de compra. Considere fazer parcerias com nano ou microinfluenciadores, que podem oferecer um excelente custo-benefício para o seu pequeno negócio.
Conclusão
Portanto, ao abordarmos sobre marketing para fidelizar, em um mercado competitivo e em constante evolução, o marketing desempenha um papel crucial na fidelização de clientes. Ao entender e atender às necessidades e expectativas dos consumidores, as empresas podem criar laços duradouros e significativos.
Através de estratégias personalizadas e voltadas para o cliente, é possível construir relacionamentos sólidos que vão além da simples transação comercial.
Dessa maneira, torna-se evidente que o marketing é uma ferramenta essencial para garantir a sobrevivência e o sucesso de qualquer negócio a longo prazo. Ao adotar uma abordagem centrada no cliente e investir na criação de valor para ele, as empresas podem não apenas atrair, mas também manter clientes fiéis, construindo uma base sólida para o crescimento sustentável e a prosperidade contínua.
O Sebrae e a Abrasel unem esforços para oferecer cursos gratuitos para gestores, uma oportunidade valiosa aos empreendedores do setor de alimentação fora do lar. Com o lançamento de novos cursos gratuitos e online, ambos os órgãos visam aumentar a produtividade e a eficiência dos bares e restaurantes, além de promover a sustentabilidade e a competitividade desses negócios.
Os cursos, disponíveis no site Conexão Abrasel, abordam temas essenciais para a gestão eficaz desses estabelecimentos, como eficiência energética, gestão de resíduos e uso de alimentos de origem local.
A proposta educacional se destaca pela praticidade e aplicabilidade do conteúdo, com videoaulas de curta duração e e-books complementares para aqueles que desejarem se aprofundar nos temas abordados.
Ao final de cada curso, os participantes recebem um certificado, atestando sua qualificação e comprometimento com aprimoramento profissional. Além disso, a metodologia de ensino dinâmica e focada na aplicação prática dos conhecimentos torna o aprendizado acessível e eficaz.
Cursos gratuitos para gestores
Os cursos já disponíveis na plataforma abordam questões fundamentais para a gestão eficiente dos estabelecimentos, como controle de custos, combate ao desperdício e uso sustentável de recursos.
Com uma visão voltada para a realidade do dia a dia dos bares e restaurantes, essas capacitações representam uma oportunidade única para os empreendedores desenvolverem uma cultura de eficiência e sustentabilidade em seus negócios.
Para os representantes da Abrasel e do Sebrae, investir na qualificação dos empreendedores do setor de alimentação é fundamental não apenas para impulsionar os negócios, mas também para contribuir com a preservação do meio ambiente e fortalecer a reputação do setor junto ao público.
Os cursos oferecidos representam um passo importante na construção de um setor mais competitivo, produtivo e sustentável, beneficiando tanto os empresários quanto a sociedade como um todo.
Como participar?
Para participar dos cursos, basta se inscrever no site do Conexão Abrasel, sendo necessário possuir CNPJ. Com essa iniciativa conjunta, o Sebrae e a Abrasel reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos negócios, contribuindo para um cenário empresarial mais favorável e dinâmico no Brasil.
Para o setor de restaurantes
Em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), estão disponíveis cursos online e gratuitos voltados para proprietários de bares, restaurantes e lanchonetes.
O objetivo é impulsionar o desenvolvimento, a inovação e o crescimento sustentável dos pequenos negócios do ramo, tornando-os mais competitivos no mercado digital e implementando inovações de baixo custo e alto impacto.
Atualmente, estão sendo oferecidos três cursos diferentes. Dois deles são totalmente online: “Aumentando a lucratividade com eficiência energética” e “UP Digital”.
Consultoria especializada
O terceiro curso, chamado “Brasil Mais Produtivo”, é na modalidade híbrida, com uma duração de seis meses. Neste último, os participantes terão a oportunidade de receber consultoria presencial em suas empresas, acompanhados por um Agente Local de Inovação (ALI) do Sebrae ao longo do período.
O principal objetivo dos cursos gratuitos para gestores é ensinar técnicas de eficiência energética e uso racional da energia, visando reduzir desperdícios, cortar gastos e aumentar a competitividade das empresas.
Além disso, os participantes aprenderão estratégias, ações e ferramentas de marketing para tornar seus negócios mais produtivos, implementando melhorias rápidas e de alto impacto. Para participar, os empreendedores interessados devem realizar uma pré-inscrição no site da parceria e aproveitar essa oportunidade de capacitação gratuita.
Esses cursos não apenas capacitam os empreendedores a enfrentar os desafios do mercado atual, mas também incentivam práticas sustentáveis e conscientes.
Conclusão
A parceria entre a Abrasel e o Sebrae é uma oportunidade única para os empresários do ramo de alimentação fora do lar. Ao oferecer cursos online e gratuitos focados em impulsionar a competitividade e promover práticas sustentáveis, a iniciativa busca fortalecer o setor e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país.
Com acesso a conhecimentos práticos e aplicáveis, os empreendedores podem alavancar seus negócios e construir um futuro mais promissor para suas empresas e comunidades.
A Anatel propõe novas regras para venda de aparelhos recondicionados no Brasil, uma medida que pode revolucionar o mercado de telecomunicações no país. A proposta, em consulta aberta desde o dia 29 de fevereiro, na plataforma Participa Anatel, visa permitir a homologação desses dispositivos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), especialmente para o atendimento de políticas públicas de inclusão digital.
O prazo para contribuições se estende até 15 de abril, dando oportunidade para que diversos setores interessados participem e contribuam para a construção dessas novas diretrizes.
Aparelhos recondicionados pela regra da Anatel
A atualização do Regulamento de Avaliação da Conformidade e de Homologação de Produtos para Telecomunicações seria o instrumento utilizado para implementar essa medida.
Segundo a minuta apresentada, os produtos recondicionados receberão um selo de identificação diferente dos equipamentos novos, e os aspectos operacionais serão tratados em procedimentos aprovados pela Superintendência responsável pela avaliação da conformidade.
Essa mudança representa um passo significativo para lidar com a atual lacuna regulatória que dispensa os produtos recondicionados ou reformados de avaliação de conformidade e homologação.
Análise técnica
A análise técnica da Anatel demonstrou que a regra vigente não aborda de forma adequada a situação dos produtos recondicionados ou de aparelhos recondicionados, o que resulta em insegurança jurídica em relação à Lei Geral de Telecomunicações.
Ao estudar diferentes modelos regulatórios, como o adotado pela Agência Reguladora dos Estados Unidos (FCC), os técnicos concluíram que a proposta de permitir a homologação dos aparelhos usados é a mais adequada, pois equilibra os interesses do mercado com a garantia de qualidade e segurança para os consumidores.
Essa alternativa apresenta uma relação custo-benefício favorável e pode facilitar a implementação de políticas públicas de inclusão digital, sem comprometer a qualidade dos produtos oferecidos no mercado.
Dessa forma, as novas regras propostas pela Anatel representam um avanço significativo na regulamentação dos aparelhos recondicionados no Brasil.
Ao estabelecer diretrizes claras para a homologação desses dispositivos, a agência visa garantir a qualidade e segurança dos produtos oferecidos aos consumidores, ao mesmo tempo em que estimula a inclusão digital e o reaproveitamento de equipamentos.
A participação ativa da sociedade nesse processo de consulta é fundamental para assegurar que as novas diretrizes reflitam os interesses de todos os envolvidos e contribuam para um mercado de telecomunicações mais justo e transparente no país.
O mercado de aparelhos recondicionados
No mercado de celulares usados, os “aparelhos recondicionados” referem-se a dispositivos que passaram por um processo de restauração e reparo para recuperar suas condições de funcionamento e aparência.
Esses aparelhos podem ter sido previamente utilizados por outros usuários, mas foram submetidos a um processo de inspeção, reparo e limpeza para garantir que estejam em condições satisfatórias para reutilização.
A proposta em consulta aberta na plataforma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) trata da homologação desses dispositivos recondicionados. A ideia é que esses aparelhos possam receber um selo diferente que indique sua condição de recondicionados, permitindo que os consumidores identifiquem facilmente esses produtos no mercado.
A proposta visa atender a políticas públicas de inclusão digital, proporcionando uma alternativa mais acessível para os consumidores adquirirem dispositivos eletrônicos.
Atualmente, a regulamentação não considera os produtos recondicionados ou aparelhos recondicionados para fazer avaliação de conformidade e homologação, o que pode gerar insegurança jurídica em relação à Lei Geral de Telecomunicações.
A Anatel busca resolver essa lacuna regulatória, garantindo que os produtos recondicionados atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos pela legislação. A proposta em análise foi inspirada em modelos regulatórios adotados por outras agências, como a Agência Reguladora dos Estados Unidos (FCC), mas foi adaptada para melhor se adequar à realidade brasileira.
Conclusão
Portanto, os aparelhos recondicionados oferecem uma alternativa acessível e sustentável para os consumidores que desejam adquirir dispositivos eletrônicos usados.
A proposta de homologação desses produtos pela Anatel representa um avanço significativo na regulamentação do mercado de celulares usados, proporcionando maior transparência e segurança para os consumidores, ao mesmo tempo em que promove a inclusão digital e o reaproveitamento de dispositivos eletrônicos.
O Banco Central (BC) anunciou recentemente suas prioridades para o ano de 2024, e entre elas está a regulamentação do mercado de criptoativos. Esta é uma medida que visa trazer mais clareza e segurança para as operações envolvendo criptomoedas em 2024, especialmente em transações cambiais e transferências internacionais de capitais. No início do ano, o Banco Central lançou uma consulta pública sobre o assunto, buscando ouvir a opinião e as sugestões da sociedade.
Outro ponto importante dentro da lista de prioridades do Banco Central é a regulamentação do Banking-as-a-Service (BaaS), uma ferramenta intermediária que facilita a oferta de serviços financeiros por empresas não financeiras.
Essa regulamentação irá estabelecer as diretrizes para a parceria entre instituições financeiras e não financeiras na oferta de produtos e serviços financeiros, embora ainda não haja uma data prevista para sua conclusão.
A tokenização também está entre as prioridades do Banco Central para 2024. Isso envolve um estudo sobre a necessidade de regulamentação nos processos de emissão, escrituração e negociação de ativos tokenizados. Essa medida visa trazer mais clareza e segurança para as transações que envolvem ativos digitais.
Criptomoedas em 2024
Podemos compreender que o Banco Central pretende aprimorar o modelo de fiscalização das instituições financeiras em relação às inovações tecnológicas, como o uso de imagens de satélite e o monitoramento com inteligência artificial.
Isso é crucial para garantir que as instituições financeiras estejam em conformidade com as regulamentações e para proteger os consumidores de possíveis fraudes ou abusos.
Dessa forma, as medidas anunciadas pelo Banco Central para 2024 refletem o compromisso do órgão em promover um ambiente regulatório seguro e propício para o desenvolvimento do mercado de criptoativos e outras inovações tecnológicas no setor financeiro.
Essas iniciativas visam proteger os investidores, promover a concorrência e impulsionar a inovação, ao mesmo tempo em que garantem a estabilidade e a segurança do sistema financeiro como um todo.
Principais prioridades do setor
Em relação à agenda das criptomoedas em 2024, o Banco Central tem se mostrado atento aos desafios e oportunidades apresentados pelo crescente mercado de criptoativos.
Segundo técnicos da autoridade monetária, a consulta pública sobre o assunto está em fase de análise das sugestões recebidas. A intenção é possibilitar o uso de ativos virtuais em transferências e operações transfronteiriças, reconhecendo essas transações como operações de câmbio e, portanto, sujeitas à autorização do Banco Central.
Ricardo Moura, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial, destacou a importância de determinar como será essa autorização e o tipo de operação permitida.
Além da regulamentação dos criptoativos, outra prioridade do Banco Central para este ano é a regulamentação do BaaS (Banking-as-a-Service), um processo que permite que diferentes empresas ofereçam serviços financeiros aos seus clientes.
Segundo Renato Uema, chefe-adjunto do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro, o Banco Central está em uma fase inicial desse processo e há tanto questões técnicas quanto jurídicas que precisam ser abordadas antes da finalização da regulamentação.
“Não podemos adiantar detalhes neste momento, pois é necessário avaliar todas as nuances técnicas e jurídicas para estabelecer o caminho da regulação”, afirmou Uema aos jornalistas.
O diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, também alertou que o desenvolvimento dessas prioridades para 2024 pode sofrer atrasos devido à greve dos funcionários da autarquia financeira.
É importante ressaltar que o Banco Central tem como objetivo principal garantir a segurança e a estabilidade do sistema financeiro, ao mesmo tempo em que promove a inovação e a eficiência no setor.
A regulamentação dos criptoativos e do BaaS faz parte desse esforço para acompanhar o desenvolvimento do mercado financeiro e proteger os interesses dos consumidores e investidores.
Conclusão
Portanto, em relação às criptomoedas em 2024, a atuação do Banco Central do Brasil em relação aos bioativos reflete um compromisso contínuo com a inovação e a segurança do sistema financeiro nacional.
Ao estabelecer diretrizes e regulamentações claras para esse novo mercado, o Banco Central busca promover um ambiente propício para o desenvolvimento e a adoção dos bioativos, ao mesmo tempo em que protege os interesses dos investidores e do público em geral.
Com uma abordagem proativa e cuidadosa, o Banco Central está posicionando o Brasil como um player relevante no cenário global dos bioativos, contribuindo para o avanço da economia e o bem-estar da sociedade.
Para indicar os caminhos para revisão do uso do espectro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou uma audiência pública no dia 21 de fevereiro em Fortaleza, CE, com o objetivo de discutir de forma transparente e democrática a proposta de Revisão do Regulamento de Uso do Espectro (RUE), que está em consulta pública desde novembro de 2023.
O evento aconteceu de forma híbrida, permitindo a participação presencial e remota, e contou com a presença de 109 pessoas. Durante a audiência, representantes da Anatel apresentaram os principais pontos da proposta de revisão e responderam a perguntas dos participantes.
A proposta de revisão do RUE visa incorporar as regras do Modelo de Gestão do Espectro, consolidar normas, atualizar as regras para o Mercado de Espectro, autorizações em caráter secundário e aprimorar as regras de coordenação. O objetivo é criar novas formas de acesso ao espectro e melhorar as existentes, para atender às demandas do setor regulado e da sociedade.
As contribuições sobre a proposta podem ser enviadas até o dia 11 de março através do sistema Participa. Esta revisão é uma resposta à evolução contínua do setor de telecomunicações e às mudanças na legislação, como as alterações na Lei Geral de Telecomunicações e o decreto de revisão e consolidação dos atos normativos.
Propostas para revisão do uso do espectro
A proposta da Anatel também inclui o Regulamento para Avaliação da Eficiência de Uso do Espectro de Radiofrequências e o Regulamento de Cobrança de Preço Público pelo Direito de Uso de Radiofrequências. Além disso, no novo normativo, serão considerados não apenas aspectos técnicos, mas também econômicos, funcionais e sociais na avaliação do uso eficiente do espectro.
A política de “usar ou compartilhar” será adotada, visando reduzir os custos de transação e incentivar um maior uso do espectro, especialmente para as frequências nobres que foram licitadas. Essa medida busca otimizar o uso do espectro e garantir que ele seja utilizado da forma mais eficiente possível para atender às necessidades da população e do mercado de telecomunicações.
O mercado de espectro
Nos últimos anos, o Brasil testemunhou uma série de mudanças legais que tiveram um grande impacto nos mercados regulados. Uma das reformas mais significativas veio com a promulgação da Lei nº 13.874/2019, conhecida como Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, que se concentra na racionalização da intervenção estatal.
No setor de telecomunicações, a reforma do antigo marco legal, conforme estabelecido pela Lei nº 13.879/2019, se destaca como uma das mais notáveis. Essa atualização trouxe uma renovação ao setor, revisando a política de acesso a recursos escassos por parte de empresas privadas.
Uma das mudanças mais significativas foi a introdução da possibilidade de criação de um mercado secundário de radiofrequências no Brasil, o que tem um impacto particularmente relevante neste contexto.
As radiofrequências desempenham um papel crucial na prestação e uso de serviços de comunicação sem fio. Antes da Lei nº 13.879/2019, os provedores de serviços detinham acesso exclusivo a partes do espectro de radiofrequência.
No entanto, com a reforma legal, agora é possível para os titulares do direito de uso de radiofrequências transferir ou comercializar partes ociosas do espectro, desde que obtenham a aprovação da administração pública e cumpram certas condições regulatórias e concorrenciais.
A criação desse novo mercado secundário é baseada no reconhecimento de seu potencial para melhorar a eficiência e a utilidade do uso do espectro, oferecendo alternativas ao modelo de alocação tradicional.
Em muitos casos, um mercado secundário maduro pode facilitar uma designação mais ágil do espectro, permitindo transações entre entidades privadas. No Brasil, isso pode representar uma oportunidade para expandir a cobertura em áreas com atividade econômica limitada, onde o uso do espectro é potencialmente ineficiente.
Conclusão
A liquidez desse novo mercado é crucial para garantir os benefícios de eficiência, qualidade e expansão dos serviços móveis. Um mercado secundário funcionando bem aumentará a confiança dos investidores, promoverá a inovação e poderá até mesmo fortalecer os mercados primários.
Portanto, o processo de revisão do uso do espectro ajudará a gerar mercados mais seguros e adição de meios tecnológicos cabíveis para a acessibilidade e tratos de dados mais sensíveis.
Ao abordarmos sobre o panorama sobre IPv6, devemos destacar os esforços da Anatel e de outros órgãos no setor. A colaboração entre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a gigante tecnológica Huawei e o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) resultou em um marco significativo no cenário das telecomunicações brasileiras.
Durante o Mobile World Congress (MWC) Barcelona 2024, realizado em 26 de fevereiro, foi apresentado um whitepaper detalhando o panorama do protocolo IPv6 no Brasil.
Panorama sobre IPv6
O IPv6 é uma peça fundamental na evolução das tecnologias de comunicação. Seu estudo não apenas aborda suas características técnicas, mas também analisa sua adoção tanto no Brasil quanto globalmente, além de explorar como esse protocolo facilita a implementação de novas tecnologias.
O whitepaper não se limita apenas a oferecer insights, mas também propõe caminhos para uma maior adoção do IPv6 no país, ilustrando com casos de uso relevantes.
O cenário das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) evoluiu significativamente, impulsionado pela demanda dos usuários por serviços de conectividade de dados.
A Anatel desempenhou um papel crucial na promoção da banda larga, estabelecendo metas de cobertura em licitações de faixas de frequência para serviços móveis pessoais (SMP) e simplificando regulamentações, resultando em 47 milhões de acessos fixos e 235 milhões de acessos móveis no Brasil.
A conectividade
Em relação aos estudos do panorama do IPv6, para garantir a conectividade de dados, é essencial que dispositivos e provedores se conectem através de endereços IP, como estabelecido pelos padrões internacionais.
No entanto, o padrão IPv4, amplamente utilizado até então, mostrou-se insuficiente diante do crescimento exponencial da internet. Isso levou ao esgotamento dos endereços disponíveis e à necessidade de um novo padrão, o IPv6, capaz de suportar o crescente número de usuários e as demandas das novas tecnologias, como IoT, computação em nuvem e realidade virtual/aumentada.
Antecipando essa necessidade, a Anatel iniciou, em 2014, um grupo de trabalho em colaboração com o CGI.br e as prestadoras de telecomunicações, conhecido como GT-IPv6.
Seu objetivo era estabelecer metas para a implantação do IPv6 nas redes brasileiras e mecanismos de transição do IPv4 para o IPv6, garantindo assim o acesso dos usuários aos conteúdos, independentemente do protocolo utilizado pelos servidores.
Em relação ao panorama do IPv6 , os dados do estudo destacam um crescimento significativo do IPv6 no Brasil desde 2015, quando as metas do GT-IPv6 foram estabelecidas. No entanto, revelam também que há espaço para melhorias na disponibilidade do novo protocolo junto aos provedores de conteúdo, indicando a necessidade de ações adicionais.
A migração para o IPv6 é crucial, pois soluções como o CGNAT-44, adotadas para lidar com a escassez de endereços IPv4, impactam negativamente a experiência do usuário e a segurança pública.
Além disso, os benefícios do IPv6, como a vasta quantidade de endereços disponíveis, conectividade fim-a-fim e maior segurança, só são plenamente aproveitados quando todos os componentes da cadeia utilizam o novo protocolo.
O lançamento do whitepaper ocorreu durante o MWC24, principal evento global da indústria de conectividade móvel, no stand da Softex, uma organização brasileira comprometida com a transformação digital do país. O evento contou com a presença de autoridades da Anatel, representantes da Huawei, do Inatel, da Softex e de diversos setores governamentais e empresariais.
Essa colaboração entre Anatel, Huawei e Inatel, expressa por meio do whitepaper sobre IPv6, destaca o compromisso do Brasil com a inovação e o desenvolvimento tecnológico, ao mesmo tempo em que promove a inclusão digital e a expansão da conectividade em todo o país.
O Mobile World Congress (MWC24)
O Congresso Mundial de Tecnologia Móvel (MWC) é reconhecido como o principal encontro global da indústria de conectividade. Realizado de 26 a 29 de fevereiro de 2024, no Fira Gran Via, em Barcelona (Espanha), este evento reúne líderes de destaque das principais empresas de tecnologia e inovação em todo o mundo.
Os temas em destaque nesta edição incluem as oportunidades emergentes com a integração de dispositivos habilitada pelo 5G e 6G, as conexões baseadas em colaboração, o avanço da inteligência artificial com foco na experiência humana, a evolução digital da Indústria 4.0, os agentes de mudança tecnológica e o impacto da transformação social no futuro.
No ano anterior, em 2023, o evento atraiu 2,4 mil expositores e quase 90 mil visitantes, superando as expectativas dos organizadores, que inicialmente projetavam uma participação de 80 mil pessoas.
Conclusão
O IPv6 é uma peça fundamental na evolução das tecnologias de comunicação, e analisar o panorama do IPv6 torna maior a participação de entidades como a Anatel neste cenário.
O estudo nesta área não apenas aborda suas características técnicas, mas também analisa sua adoção tanto no Brasil quanto globalmente, além de explorar como esse protocolo facilita a implementação de novas tecnologias.